domingo, 16 de setembro de 2018

NICÉAS ROMEO ZANCHETT

Em todos os tempos a arte sempre procurou mostrar os mistérios, tabus, gostos, preferências, hábitos e conflitos de cada época da humanidade.
A velha índia é o berço das mais exóticas criações do mundo erótico; Templos forrados de esculturas eróticas; Objectos de arte em sexo explícito; O Kama-Sutra e o Ratiroshaya são obras nascidas da sabedoria que codificou o Maythuna "ioga do sexo".

As sublimes obras de Miguel Ângelo, Rubens e Leonardo da Vinci, cultivadas e admiradas ao longo dos séculos; O nobre burguês Toulouse Lautrec que pintava as suas prostitutas preferidas; Rubens, Courbet, Parcim, Degas, Lautrec, Marquet, Jeam Cocteau, Barret e tantos outros que retrataram, sem preconceitos, o amor entre iguais; A arte do Oriente com destacados artistas como Torií Kiyonobu, Eizan, Mosanobu Kitao, além de outros talentosos do velho mundo; As gravuras eróticas de Picasso conhecidas do público a partir dos anos 70 são verdadeiras explosões de sexo.

O Museu Nacional de Arqueologia de Nápoles possui uma das mais finas colecções de arte erótica de todo o mundo. Vasos, objectos eróticos e frescos resgatados de Pompeia, retratando cenas de sexo explícito, sadomasoquismo, sodomia, lesbianismo, sexo bestial, etc.

Pela arte tão antiga podemos constatar que os preconceitos dos nossos dias seriam motivo de muita estranheza naqueles tempos. O que hoje causa tanta polémica é tão antigo quanto a própria humanidade.

Corpos que se unem, se abraçam, se penetram sem pudor e sem culpa, na busca do prazer e do êxtase sexual pleno e profundo.

A arte erótica concebida com prazer é como uma cópula sublime materializada pela inspiração criadora. Com ela o artista procura eternizar gestos, posições amorosas, formas de amar, sensações e libidos, despertando o real inconsciente, muitas vezes inconfessado, de cada um que a vê.
A representação do acto amoroso sexual na forma de escultura; A constante busca do mistério dos corpos reproduzidos em forma de arte, são como um orgasmo visual e táctil. Corpos impregnados de erotismo, sem preconceitos, nas mais diversas formas de amar; Erotismo elevado ao máximo, sem medo de críticas e falsos moralismos. Corpos que falam por si.

Talvez por preconceito ou por custo elevado, o acesso ao deleite visual da arte erótica sempre ficou restrito a poucos afortunados que podiam apreciá-las e tocá-las.

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