sábado, 18 de outubro de 2008

REFOTOGRAFIA

O que é? É o nome dado por Guilherme Maranhão ao processo fotográfico que executa para obter novas imagens fotográficas a partir de imagens fotográficas. Repete e fotografia, refotografa...
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Guilherme Maranhão nasceu em 1975, no Rio de Janeiro. Reside e trabalha em São Paulo. É bacharel em Fotografia pela Faculdade do Senac. O artista investiga um caminho entre a fotografia e o lixo. Aproveita o que os outros fotógrafos, pessoas e lojas consideram inútil, ou as sucatas que os amigos guardam para ele. O seu trabalho está centrado na busca de alterações do processo de formação de imagens técnicas e na subversão das ferramentas produzidas pela indústria.
Lê-se na apresentação da sua página:
Foto: GUILHERME MARANHÃO
Foto: GUILHERME MARANHÃO Foto: GUILHERME MARANHÃO
Foto: GUILHERME MARANHÃO
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“O olho de um scanner abandonado não está cego. Ele apenas deixou de olhar o mundo de forma obediente conforme programação formulada pela indústria. Um equipamento quebrado se transforma num marginal dentro da sociedade de consumo. A esse olhar marginal da máquina, Guilherme Maranhão sobrepõe uma atitude libertária, subversiva de reinventar o seu ponto de vista sobre o visível. Ao recuperar esse olho eletrônico do lixo das lojas de sucatas e reinseri-lo no mundo, o artista ao mesmo tempo tira do automático a máquina, a função do fotógrafo e, por fim, a percepção de quem observa tais imagens. Este circuito, criado por Maranhão, permite que o acaso também concorra na interpretação da paisagem, conferindo-lhe uma visualidade que não tem como referência a hegemonia do olhar humano, e tampouco siga a bula do programa que transforma o mundo numa mimese pasteurizada e hegemônica, elaborado pelos engenheiros. “Pluracidades”, gestada à margem da automaticidade do olhar da indústria eletrônica e sob o ponto de vista desse fotógrafo desobediente das regras, faz emergir no nosso olhar robotizado a paisagem reinventada de uma cidade errática. Sem referências geográficas, essa estranha urbe se redesenha em geometrias lúdicas, em rastros luminosos que flagram a passagem do tempo. E, assim, a vida se precipita, linha por linha, em poéticas fusões de cores, formas e associações que redimensionam a experiência do olhar.” Eder Chiodetto
. Curador do Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM-SP
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