segunda-feira, 3 de novembro de 2008

FILME INFRAVERMELHO

O filme infravermelho abre a porta para um surpreendente mundo de sonho, no qual as cores e as tonalidades aparecem distorcidas Um dos filmes especiais mais conhecidos é o infravermelho. Com a sua sensibilidade suplementar às radiações infravermelhas, tem muitas aplicações científicas e técnicas, ao mesmo tempo que a sua estranha reprodução da cor e das tonalidades, dá grandes possibilidades ao fotógrafo criativo. É de utilização fácil, exigindo pouco equipamento especial, mas para conseguir os melhores resultados com ele, tanto em trabalhos criativos como em trabalhos técnicos, têem de ser levadas em conta algumas regras simples.
Ainda há algumas marcas de fabricantes de película a produzirem filme na versão a preto e branco, mas não vai ser fácil encontrá-lo por aí em qualquer loja de material fotográfico, pelo que aconselho uma procura através da Internet. Outra coisa que devo alertar é o seu preço de comercialização. Este filme não é barato e a acrescentar a isto, há ainda o facto que o seu transporte mesmo em sistema expresso, poder comprometer a qualidade do material se este não for embalado com as devidas precauções, já que a emulsão é sensível ao calor. Antes havia película na versão colorida (Kodak Ektacrome IR) com três capas de emulsão, cada uma delas sensível a uma cor diferente, mas contrariamente ao filme convencional, não reproduzia fielmente as cores na transparência (a luz verde formava uma imagem azul e a luz vermelha uma imagem amarela), mas parece-me que saiu do mercado. Nos filmes em preto e branco, a emulsão é sensível à luz visível e também à infravermelha e se for utilizado com filtragem vermelha, produzirá às vezes, umas fotografias bastante parecidas com as obtidas com o filme preto e branco comum. Este tipo de filmes são muito mais sensíveis aos infravermelhos que o era a película a cores da Kodak e por isso, a sua alta sensibilidade exige uma manipulação muito cuidadosa. É uma película muito susceptível aos véus causados pelos raios infravermelhos ambientes, tendo a câmara que ser carregada e descarregada em completa escuridão. Até algumas câmaras e de várias marcas, deram já sinais de não serem completamente estanques ou terem ainda, alguns dispositivos electrónicos que originam danos nas imagens. A película infravermelha tem capacidade de penetrar na névoa, mas para isso, é necessário usar sempre um filtro apropriado visualmente opaco tipo Wratten 87, 87C e/ou 88A. Estes filtros dão, devido às suas características próprias conjugadas com a película IR, resultados muito estranhos; a folhagem fica branca e o céu azul, registado com um negro total. Outros filtros que podem ser usados, são os vermelhos W25, W29 ou W70 e o laranja W15. Todos eles deixam passar alguma luz visível e as tonalidades da fotografia final pouco diferentes ficam das obtidas com um filme normal.

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