sexta-feira, 18 de abril de 2008

Nikon Coolscan III

Este é mais um dos equipamentos que uso para vos poder apresentar aqui as imagens que capto com a minha máquina analógica. Como podem imaginar, negativos com mais de trinta anos sofrendo as agruras climáticas sem as condições ideais de arquivamento, filmes muitas vezes revelados sem o melhor cuidado e com a precisão indispensável, resultaram em fotogramas que, sem a ajuda do photoshop seria quase impossível recuperar. Esta é uma das grandes vantagens da nova tecnologia... Mas, eu sou incorrigível; vivendo em Portugal, não sei de que percentagem de fotógrafos faço parte, mas sei, e vocês também, que nos Estados Unidos 75% dos nossos companheiros de arte usam o analógico, o suporte de prata.
Não nego que o digital é muito prático, muito rápido e fascinante. É a popularização, a massificação da fotografia; é o instrumento ideal para os repórteres, os profissionais que estão sujeitos à pressão constante das editoras e dos recém-casados, dos papás que querem ver no mesmo dia o baptizado do bebé, a farpela dos padrinhos, o esgar do senhor prior...
O digital é ejaculação sem prazer, orgasmo fingido, umas dezenas de euros gastos nas putas. O Digital é bom; dá gozo, mas não dá prazer.
O Digital é bom; todos os meliantes já são fotógrafos.
O Digital é bom; com o digital eu mostro o meu trabalho num ecrã.

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