Pois foi. Estive ausente deste espaço por um período de tempo que me parecia nunca mais chegar ao fim.
Foram desculpas atrás de desculpas e o meu modem de substituição nunca mais chegava... É assim, infelismente, que trabalham os capitalistas portugueses. Não possuem nem uma única loja de atendimento ao público, a sede é um número de telefone e um apartado de correios, o nome é sobejamente conhecido entre as grandes fortunas mundiais e assim, invocam uma credibilidade que tem muito pouco de seriedade. São esquemas... e ainda por cima, apoiados pelos governantes deste território europeu que já pouco tem do meu Portugal.
Adiante. Trinta dias depois da reclamação e da devolução do produto defeituoso, recebo na caixa de correio, não a peça de substituição mas, imaginem, uma factura de internet que a firma me impediu de utilizar nesse epaço de tempo. 40,11 €, é Optimus ( desculpem-me o erro ortográfico).
E o modem sem aparecer...
Por fim, muitos telefonemas e horas perdidas durante esse período de tempo, eis que surge entregue em mão, uma caixinha com o aparelhómetro. Há que instalar, porque correio electrónico não o via desde.... desde a avaria daquele traste quase do tempo do Spectrum e que me foi fornecido na altura do contrato.
É Optimus... é tudo Optimus com esses gajos.
E o modem, não o conseguia instalar... Sou burro, pensei. Um tipo que tem um CD de instalação, um aparelho a cheirar a novo, cabos acabadinhos de estrear e não põe a net a funcionar, só pode ser burro... e durante todo o dia senti-me o gajo mais infeliz do mundo. Nessa noite imaginei-me mais radical do que realmente sou, e cagar nesta treta da globalização. Ia, desejava eu, voltar ao tempo do papel e da caneta.
Escreveria cartas aos amigos, mandava os meus postais por correio, saboreava o tempo sem ansiedade, deixava-me pastar no "farniente" que me agrada, que me faz falta. Trauteava aquela canção dos Beatles que já poucos se lembram e adormeci feliz.
Por obra do acaso, na manhã seguinte apareceram aqui em casa dois bons amigos craques em computadores. Um primeiro, gastou uma boa hora e meia a tentar desenrascar o problema que segundo tudo indicava, seria culpa minha. Um qualquer sistema, não existia nas minhas "janelas". E eu, a sentir-me burro novamente...
Depois, a vez do mais credenciado chegou e com obras de magia e malabarismos técnicos, lá conseguiu restaurar a caixilharia.
Nova instalação do programa, talvez a 47ª tentativa e nada. O animal não queria mesmo funcionar...
Telefona-se aos gajos uma vez mais, talvez a milionésima vez, quem sabe, e depois de muitos confrontos do que estava ou não a ser executado, como foi executado, por quem foi executado, e blá, blá, blá para aqui e para lá, para os gajos que são Optimus, eis que o Duarte descobre que os gajos tinham modificado o nome de utilizador.
Sem mais nem menos, acrescentaram siglas ao nome existente, mas não comunicaram coisa nenhuma. Apeteceu-lhes e já está.
E está. Agora já está a funcionar graças aos meus amigos, mas estes são excelentes amigos, não são Optimus.
Optimus, Optimus, é eu saber que mais cedo ou mais tarde, essa merda vai ao charco.
Há 18 minutos
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