terça-feira, 30 de setembro de 2008

Mais de um mês de ausência

Pois foi. Estive ausente deste espaço por um período de tempo que me parecia nunca mais chegar ao fim.
Foram desculpas atrás de desculpas e o meu modem de substituição nunca mais chegava... É assim, infelismente, que trabalham os capitalistas portugueses. Não possuem nem uma única loja de atendimento ao público, a sede é um número de telefone e um apartado de correios, o nome é sobejamente conhecido entre as grandes fortunas mundiais e assim, invocam uma credibilidade que tem muito pouco de seriedade. São esquemas... e ainda por cima, apoiados pelos governantes deste território europeu que já pouco tem do meu Portugal. Adiante. Trinta dias depois da reclamação e da devolução do produto defeituoso, recebo na caixa de correio, não a peça de substituição mas, imaginem, uma factura de internet que a firma me impediu de utilizar nesse epaço de tempo. 40,11 €, é Optimus ( desculpem-me o erro ortográfico). E o modem sem aparecer... Por fim, muitos telefonemas e horas perdidas durante esse período de tempo, eis que surge entregue em mão, uma caixinha com o aparelhómetro. Há que instalar, porque correio electrónico não o via desde.... desde a avaria daquele traste quase do tempo do Spectrum e que me foi fornecido na altura do contrato. É Optimus... é tudo Optimus com esses gajos. E o modem, não o conseguia instalar... Sou burro, pensei. Um tipo que tem um CD de instalação, um aparelho a cheirar a novo, cabos acabadinhos de estrear e não põe a net a funcionar, só pode ser burro... e durante todo o dia senti-me o gajo mais infeliz do mundo. Nessa noite imaginei-me mais radical do que realmente sou, e cagar nesta treta da globalização. Ia, desejava eu, voltar ao tempo do papel e da caneta. Escreveria cartas aos amigos, mandava os meus postais por correio, saboreava o tempo sem ansiedade, deixava-me pastar no "farniente" que me agrada, que me faz falta. Trauteava aquela canção dos Beatles que já poucos se lembram e adormeci feliz. Por obra do acaso, na manhã seguinte apareceram aqui em casa dois bons amigos craques em computadores. Um primeiro, gastou uma boa hora e meia a tentar desenrascar o problema que segundo tudo indicava, seria culpa minha. Um qualquer sistema, não existia nas minhas "janelas". E eu, a sentir-me burro novamente... Depois, a vez do mais credenciado chegou e com obras de magia e malabarismos técnicos, lá conseguiu restaurar a caixilharia. Nova instalação do programa, talvez a 47ª tentativa e nada. O animal não queria mesmo funcionar... Telefona-se aos gajos uma vez mais, talvez a milionésima vez, quem sabe, e depois de muitos confrontos do que estava ou não a ser executado, como foi executado, por quem foi executado, e blá, blá, blá para aqui e para lá, para os gajos que são Optimus, eis que o Duarte descobre que os gajos tinham modificado o nome de utilizador. Sem mais nem menos, acrescentaram siglas ao nome existente, mas não comunicaram coisa nenhuma. Apeteceu-lhes e já está. E está. Agora já está a funcionar graças aos meus amigos, mas estes são excelentes amigos, não são Optimus. Optimus, Optimus, é eu saber que mais cedo ou mais tarde, essa merda vai ao charco.

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