Também fez muita merda. Não há nenhum fotógrafo que não faça merda.
Uns admitem a porcaria que fazem, outros, nunca fazem nada de jeito.
Num apontamento, ao lado de uma das imagens mais conhecidas que Cartier-Bresson tirou em Portugal, “Lisbonne, (Woman at Confessional), Mosteiro dos Jerónimos”, 1955, Jorge Calado escreveu o seguinte: “H.C.B. não gostou de Portugal. Ou não gostou o suficiente para nos incluir no célebre livro “Les Européens”, publicado em 1955 – o ano da viagem a Portugal. Não admira. Visitou-nos quando desesperávamos com a eternidade do ditador no poder…Não sei quantos rolos fez durante a sua estada portuguesa. Conhece-se uma dúzia de fotografias, mas sei que H.C.B. acabou por reduzir a escolha a duas – a do Castelo de S. Jorge e a dos Jerónimos -, não permitindo a comercialização de mais nenhuma…”.
Pelo menos aproveitou duas e, digo eu, ainda bem que não as incluiu no livro. "Européens" é do lado de lá dos Pirinéus.
1 comentário:
Afinal e apesar de tudo, o gajo tirava boas fotografias, ou não?
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