sexta-feira, 24 de abril de 2020

25 DE ABRIL DE 2020


Tudo está a favor do nosso infortúnio.
Em nada acreditamos: a falsidade, a omissão, a desvergonha atingiram níveis desusados, já ninguém descortina onde está a mentira, e onde se oculta a verdade do que nos dizem.
O português comum, sobrevive asfixiado entre o desemprego, o fisco, a multa, a humilhação, o vexame, a fome, a doença, a miséria, os impostos, as taxas moderadoras, a demolição da “DOENÇA”, do amor, do divórcio, da emigração, e outra vez a fome, a miséria, os impostos, esse português desorientado, desgraçado e triste sem remissão - que pode ele fazer?, que pode?
Em cada um de nós reside a resposta sobre o compromisso com a “HONRA” e a recusa da “SERVIDÃO”.
Todos nós sabemos que em Portugal nada acaba, e que nada, é levado às últimas Consequências, nada é definitivo, tudo é improvisado, é temporário, tudo é desenrascado desde a morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann, ou ao caso Casa da Pia, só sabemos de antemão, que nunca saberemos o fim, destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos, ou quantos crimes houve… E tudo a que temos direito, são as tais informações caídas, a conta-gotas e pedaços de enigma, peças de um quebra-cabeças e habituámo-nos a prescindir de apurar as verdades, porque intimamente achamos, que não saber o final da história, é uma coisa normal em Portugal e que este, é um país onde as coisas importantes, são todas muito bem "abafadas", como se vivêssemos ainda, numa verdadeira ditadura, mas que está muito bem camuflada.
Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior, do que o seu défice financeiro e quase nenhum português se preocupa, com tudo isso e mesmo apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da muita corrupção e os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo isto "normal" e encolhem os ombros.
Por uma vez gostava, que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, um ponto final, um assunto arrumado e não se fala mais nisso, pois vivemos, no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluírem mesmo nada.
Lembro-me como se fosse hoje que não foi mesmo para isto que o meu Quartel RC3 (Regimento de Cavalaria 3) de Estremoz e muitos outros (no meu caso o RASP na Serra do Pilar em Gaia), aderiram de imediato ao “Movimento dos Capitães”.
Este não é, nem “NUNCA” foi o 25 de Abril sonhado pela grande maioria dos militares e dos civis portugueses da altura…

Esta MERDA de agora não é nem de longe nem de perto o 25 de Abril sonhado em 1975 e muito menos devia ser comemorado sem participação (voluntária) do POVO, E NUNCA em confinamento decretado por motivos de segurança.

A “CORJA” que amanhã sem respeito nenhum por quem lhes paga com os impostos cobrados, vai alambazar-se na “FESTANÇA”.

25 de Abril SEMPRE, mas NÃO ESTE, gasto e caduco do QUERO, POSSO e MANDO… Esse tempo era da outra SENHORA que foi derrubada no 25 de Abril!

BASTA!
“Em cada um de nós reside a resposta sobre o compromisso com a “HONRA” e a recusa da “SERVIDÃO”.

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